Kinfolk, a tendência feita para desacelerar

O dia a dia atual nos exige um ritmo quase alucinante de produtividade. E isso não afeta apenas o trabalho, mas também nossa vida pessoal, nossos relacionamentos e na nossa casa. Esta velocidade cotidiana faz com que busquemos uma vida mais calma, tranquila e com menos pressão para sermos constantemente produtivos ou estarmos sempre atentos a tudo o que acontece.

São diversos os movimentos que aparecem para irmos ao contrário dessa imposição da pós-modernidade. Um deles é o kinfolk, tendência inspirada no conceito slow living. Com referências ao estilo de vida Amish, no qual a natureza é a protagonista e a norteadora do dia a dia, o kinfolk valoriza o retorno às raízes e à ancestralidade, colocando a vida com simplicidade o principal objetivo.

Kinfolk é um manifesto contra o preestabelecido: em vez da correria, o ritmo lento; no lugar da produtividade a mil, o ócio como ferramenta de autoconhecimento; contra o consumismo desenfreado, a busca pelo essencial para uma vida mais simplificada. E isso reflete, certamente, no modo de enxergar os espaços onde passamos a nossa vida, seja no trabalho, em casa, em espaços públicos e coletivos.

Na nossa casa, o estilo kinfolk pode ser aplicado em diversos espaços, elementos e também no modo de convivência. Um dos pontos principais é a cozinha, que passa a ser um ambiente de encontro para refeições saudáveis e convívio para momentos entre amigos e familiares. A decoração se baseia em diversos estilos, como o vintage, o boho, o escandinavo, misturando detalhes desses estilos para atingir uma atmosfera de tranquilidade. Uso de padronagens étnicas, madeira em tom natural ou com acabamento como a pátina, tecidos de fibra macia são outros itens que não podem ficar de fora da proposta kinfolk.

Os tons são predominantemente neutros, passando do branco para o off White, ou então o cru e o bege são a base para receber estampas dos tecidos, texturas de crochê e das plantas em abundância. O artesanal também ganha força no kinfolk: o feito a mão ganha valor e está presente em objetos, móveis e peças herdadas de família, unindo o afetivo à permanência da memória.

Enfim, o kinfolk veio para nos mostrar que uma vida desacelerada é fundamental para encontrarmos o equilíbrio!

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