Viramos a chave e muito do que parecia passageiro, tornou-se habitual. A dinâmica da vida mudou e, com ela, a forma como olhamos e vivenciamos nossos lares. A casa agora é refúgio, mas também lugar de extravasar, de compartilhar e se recolher, espaço de descansar e de trabalhar… às vezes tudo ao mesmo tempo e em um mesmo ambiente.
Com isso, vem se tornando cada vez mais um lugar de ser, não só de estar, ganhando movimento e refletindo as personalidades de quem nela vive. Aliás, é justamente essa nova relação com os espaços, que vem transformando a forma de se pensar tendências, colocando a ideia de “tudo vale” como uma das grandes vertentes no design de interiores em 2021.
O “estilo de vida” é o estilo em evidência
Não há nada mais atual, por exemplo, do que ressignificar nossas memórias e trazer para dentro de casa aquilo que tanto nos atraía do lado de fora. Nesse universo, mesmo que existam muitos estilos reconhecíveis e bem estabelecidos tomados como base para a criação dos interiores contemporâneos, eles se misturam em ambientes onde a identidade ou as identidades dos moradores tomam conta de cada centímetro.
Assim como expressamos nossa identidade nas ruas por meio da moda, então, personalizando nosso próprio estilo, ora único ora nos conectando a grupos, fazemos isso agora também com a decoração de nossas casas. Tornando nossos lares uma dimensão de tudo o que admiramos, consumimos, pensamos e buscamos, ao mesmo tempo em que os conectamos com referências a lugares em que passamos ou gostaríamos de estar.
Conforme ajustamos a maneira como vivemos, portanto, também adequamos os espaços para esses novos estilos de vida. Dessa forma, mais do que conceitos começamos a querer conforto e satisfação. O conforto trazido pela tecnologia, bem como pela ergonomia e a funcionalidade de móveis e casas cada dia mais inteligentes, com a satisfação de fazermos o que gostamos e de expressarmos quem somos, livres de imposições. Dessa forma, com o que é que essa tendência se parece? Com a gente! E com a pluralidade do nosso cotidiano.
A casa viva!
Não é de se espantar, então, que as barreiras entre os espaços, bem como entre o que é privado e coletivo, interior e exterior, estejam a cada dia mais borradas e movimentadas: da cozinha integrada com a sala para nos entreter enquanto tentamos replicar o prato do famoso chef da TV; passando pelos quartos e closets que também se tornaram escritórios e salas de reunião; até a varanda ou aquele espaço embaixo da janela onde deixamos a luz entrar, dando vida às nossas plantas e melhorando nosso humor. E se pudermos trocar a antiga comodidade da vida no centro pelo prazer de se ter um jardim para colocar os pés na grama, por que não?!
- Você também pode gostar: Individual vs coletivo: Como definir espaços nos lares contemporâneos?
O que vemos é a valorização das sensações, mostrando que decorar não precisa ser complicado, mas nem por isso os ambientes atuais são menos elegantes e atrativos. Portanto, não há uma regra, mas, sim, uma curadoria do cotidiano. Com os móveis e a decoração, portanto, ajudando-nos a expressar quem somos e o que buscamos, a exemplo das roupas que vestimos e dos lugares que frequentamos. A criatividade não tem limites e a tendência é viver bem, pense nisso!