O maximalismo, frequentemente visto como um manifesto contra o minimalismo, é um movimento que abraça a saturação e a densidade em vez da simplicidade e da austeridade. Ao contrário do mantra minimalista “menos é mais”, o maximalismo declara que “mais é mais”. Este movimento ganhou destaque em várias formas de manifestações culturais, incluindo a pintura, a arte e o design.
Na arte, o maximalismo surge como uma reação ao minimalismo e ao modernismo que dominaram grande parte do século XX. Ao invés do minimalismo, que procura destilar a arte até sua essência mais básica, o maximalismo empilha camada sobre camada de significado, referência e textura.
Artistas maximalistas, como os pós-modernos Jeff Koons e Damien Hirst, utilizam a opulência e a extravagância como formas de fazer comentários sociais ou políticos. Suas obras são frequentemente saturadas de cor e de detalhes, combinando uma variedade de materiais e técnicas de uma maneira que pode parecer caótica à primeira vista, mas que, na verdade, é cuidadosamente orquestrada.
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No design de móveis, o maximalismo se manifesta através de peças ricamente ornamentadas, muitas vezes com acabamentos em cores vivas, estampas ousadas e uma grande quantidade de detalhes. O design de móveis maximalista desafia a ideia de que o design deve ser discreto ou funcional.
O designer italiano Ettore Sottsass e o seu coletivo Memphis Group foram grandes defensores do maximalismo na década de 1980. Suas criações eram repletas de cores primárias, formas geométricas arrojadas e uma rejeição ao bom gosto convencional.
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O maximalismo é um abraço à complexidade e à expressão individual. Este movimento oferece uma riqueza visual que provoca o espectador, fazendo com que ele passe um tempo com a obra, desvendando os seus significados e apreciando a sua complexidade. Embora possa ser visto como excessivo ou desordenado por alguns, o maximalismo, em sua essência, é uma celebração da abundância da vida e da multiplicidade de experiências humanas.
Na América Latina, a expressão cultural é muitas vezes saturada de cores, texturas, sons e sabores, tudo se combinando para criar uma experiência sensorial rica e complexa que ecoa o ethos maximalista.
Na arte e no artesanato latino-americano, a abordagem maximalista é evidente na profusão de cores, texturas e padrões. Por exemplo, as tradicionais tapeçarias andinas são conhecidas por seus designs intrincados e vibrantes, representando uma variedade de temas que vão desde o cotidiano até o mítico.
Os murais mexicanos, por outro lado, são famosos por sua escala grandiosa e seu conteúdo político e social. Artistas como Diego Rivera, David Alfaro Siqueiros e José Clemente Orozco utilizaram esta forma de arte para retratar a história e a luta dos povos mexicanos de forma intensa e vívida.
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A arte popular brasileira é um excelente exemplo de maximalismo. Ela é frequentemente caracterizada por sua rica paleta de cores, suas formas exuberantes e seus temas variados. Exemplos notáveis incluem a arte do Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, com suas figuras de cerâmica ricamente pintadas, e as esculturas de madeira do Mestre Vitalino, de Pernambuco, além das obras criadas pelos artesãos da Ilha do Ferro, Alagoas.
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Nos últimos anos, vimos um renascimento do maximalismo em várias esferas da cultura e do design contemporâneos. Este movimento pode ser visto como uma resposta à saturação do minimalismo que dominou o design de interiores, a moda e outras formas de expressão visual nas últimas décadas.
No design de interiores, o maximalismo tem se manifestado através da mistura audaciosa de padrões, o uso livre de cores vibrantes e a curadoria de coleções de obras de arte com identidade. Ao contrário do minimalismo, que prega espaços limpos, o design de interiores maximalista incentiva a autoexpressão e a personalização.
Uma das principais características do maximalismo na decoração é o uso sem restrições da cor. Em vez da paleta neutra, a decoração maximalista apresenta cores ricas, vibrantes e contrastantes. Paredes, móveis, tecidos e acessórios servem como tela para uma rica paleta de cores que transmitem energia e alegria. A mistura ousada de padrões e texturas, como estampas de leopardo, por exemplo, podem coexistir com florais, listras com damascos, sedas com veludos, entre outros. O segredo está em equilibrar esses elementos para criar um espaço que é coeso e harmonioso, apesar – ou por causa – de sua diversidade visual. O maximalismo na decoração é uma celebração da abundância, da cor e da expressão pessoal.
Como uma moldura do estilo maximalista, revestimentos com padrões mais expressivos podem ser uma opção marcante. A Impress Decor possui diversos padrões, entre eles a Coleção Arredores, inspirada na diversidade e expressividade da cultura dos países latino-americanos. Aposte em padrões como Angelin, Jacarandá, Samsara, Belidor, Breccia Alba e Pompeu Slate para enfatizar a escolha por um ambiente com camadas de estilos e muita personalidade.