A madeira brasileira representa a riqueza, a beleza e a força de um país que passou por profundas transformações na busca pela consolidação de sua autonomia cultural. Um dos símbolos do Movimento Modernista no Brasil, a matéria-prima trouxe a valorização do patrimônio local ao centro das discussões de arte e design. Inspirando obras que são consideradas verdadeiros divisores de águas também na arquitetura e na decoração – do mobiliário vanguardista de Joaquim Tenreiro às obras icônicas de Oscar Niemeyer.
Unindo a herança das tradições da marcenaria portuguesa à diversidade e resistência de um dos materiais mais abundantes no Brasil, designers e arquitetos modernistas deram adeus aos estilos pesados, importados e obsoletos dos móveis que vigoravam no País até o início do século passado. Preocupando-se, então, em criar peças leves e ergonômicas, que se adequassem às particularidades e às necessidades locais. Bem como pudessem expressar melhor a cultura, a estética, os valores e a vivacidade brasileira de forma sofisticada e elegante.
Não por menos, a linguagem modernista – com o uso da madeira de origem nacional em destaque – deu o tom do projeto da capital brasileira. Com a fundação de Brasília assinalando a confirmação do estilo no imaginário nacional e marcando também a fase de apogeu do móvel moderno brasileiro. Tendo nomes como de Sérgio Rodrigues assinando peças que se tornaram verdadeiros legados da cidade.
O calor brasileiro representado em superfícies acolhedoras
E, claro, num momento em que passamos a apreciar ainda mais o que está ao nosso redor, a escolha por matérias-primas locais torna-se, mais uma vez, uma das principais tendências desses novos tempos. Trazendo-nos o conforto de reconhecermos a origem do que consumimos ao sentimento de pertencimento, orgulho e de valorização do nosso patrimônio. Sensações complementadas, ainda, por uma boa dose de saudosismo da nobreza, exclusividade e todo o status intrínseco ao uso da madeira de lei brasileira ao longo da história.
Além disso, a diversidade de espécies nativas permite com que a madeira tropical tenha visual e energia sempre atemporais. Com um calor trazido por tonalidades aquecidas e uma pluralidade de movimentos em veios e catedrais que dançam do clássico ao contemporâneo de forma muito fluida. Integrando-se muito bem inclusive ao aspecto frio de alguns outros materiais, tais como o concreto, metais e pedras, que fazem muito sucesso atualmente. Aliás, a mistura de estilos e matérias-primas é uma das máximas na ambientação dos espaços nos dias de hoje.
Superfície brilhante e de textura média, a madeira de Jacarandá é uma das mais valorizadas no Brasil, sendo utilizada desde à época colonial. Sua coloração varia do marrom-escuro ao marrom-rosado, com veios turvos e contrastantes, normalmente irregulares
A interseção entre os mundos tecnológico e artesanal também aparece como parte desse mix de estilos. Integrando superfícies metálicas àquelas de aspecto natural, como fibras e, claro, madeiras. Uma boa pedida aqui são desenhos iluminados e com movimento.
Madeira com excelente brilho, a Sucupira apresenta uma cor marrom-escura – avermelhada à castanha – e veio numa tonalidade dourada. Sua textura é granulosa e grosseira, com aspecto fibroso. Apresentando, ainda, padrões ondulados e irregulares
E não podemos esquecer que além de toda essa nostalgia cultural e artística, a busca pela reaproximação com a natureza traz a madeira natural como a protagonista de projetos contemporâneos. Que pedem por superfícies com formas orgânicas e poros suaves, assim como desenhos e cores mais naturais. Agradando aos olhos e aos sentidos.
De superfície lisa e pouco lustrosa, a madeira de Jequitibá traz veios retos e coloração que varia do rosa-acastanhado ao bege rosado ou, ainda, entre um bege-rosado-escuro ao marrom (caramelo ou escuro). Vale ressaltar que a árvore de Jequitibá é considerada a maior espécie nativa do Brasil, podendo ter de 30m a 50m de altura
Do outro lado da mata
A preocupação da Impress Decor Brasil com o patrimônio cultural e natural brasileiro transpassa sua cadeia produtiva. Além de investir em pesquisa e tecnologia para o desenvolvimento de revestimentos econômica e ambientalmente adequados, a Impress sabe de sua responsabilidade social. Entre diversas iniciativas, a empresa aposta em projetos com foco na preservação e promoção de nossa história e biodiversidade, que chegam às mais diferentes regiões do País e do mundo.
E já que o assunto são espécies de madeiras nativas da flora brasileira, por meio da Lei Rouanet, a Impress Decor Brasil teve a oportunidade de apoiar e patrocinar o documentário “Do Outro Lado da Mata” – apresentando a abundância dos diferentes biomas e ecossistemas espalhados pelo Brasil, bem como retratando o impacto causado pelo homem, como a exploração e o desmatamento nessas regiões, em uma obra sensível e muito necessária. Vale a pena assistir!